Blue Protocol: Star Resonance Review — Um MMORPG visualmente imponente, mas com início lento
Blue Protocol: Star Resonance entrega um MMO visualmente impactante, com identidade anime e potencial para evoluir, mas tropeça no início lento, em uma progressão que demora a engrenar e — ponto crítico para o Brasil — ainda não oferece legendas/tradução em português. Para fãs do gênero com paciência, há um bom jogo aqui esperando amadurecer.
O que é e por que importa
No panorama de MMOs com estética anime, Blue Protocol: Star Resonance surge como um concorrente promissor. Ele combina mundo aberto, combate em tempo real e sistemas de progressão típicos do gênero, embalados por uma direção de arte vibrante que lembra o apelo de títulos como Genshin Impact e Wuthering Waves. A proposta é clara: imersão, espetáculo visual e longa cauda de conteúdo para quem curte viver um universo persistente.
Visual e ambientação
O ponto mais forte está no visual estilizado: cenários amplos, iluminação caprichada, personagens expressivos e efeitos que dão vida às habilidades. A sensação é a de “jogar um anime”, com paleta rica e animações fluidas que valorizam exploração e combate. O mundo convida a passeios despretensiosos, capturas de tela e aquela vontade constante de “ver o que há depois do morro”.
Jogabilidade: boas ideias, começo arrastado
O combate em tempo real mistura esquivas, combos e leitura de padrões, com possibilidade de papéis tradicionais (dano, suporte, defesa) e sinergias entre habilidades. Em dungeons, eventos e chefes, o jogo brilha quando exige coordenação.
O problema: o início é lento. As primeiras horas têm tutoriais longos, tarefas repetitivas e um loop de progressão que só mostra sua graça depois de algum tempo. Se você busca recompensa imediata, pode sentir fricção; se curte crescer devagar, montar rotações e planejar builds, a curva é mais aceitável.
Progressão, sistemas e conteúdo
Há foco em grind controlado, crafting e evolução de equipamentos. O mundo oferece coleta, pesca, mineração, eventos sazonais e atividades de guilda que ampliam a vida útil. O jogo recompensa quem estabelece rotinas: farmar materiais, otimizar rota de exploração, encarar desafios de grupo e lapidar o personagem aos poucos
Localização: a barreira do português
Ponto sensível para o público brasileiro: ainda não há legendas/tradução em português. Isso limita o entendimento de história, descrições e sistemas, afastando quem não domina outros idiomas. É um gargalo de adoção — e uma oportunidade clara para os devs melhorarem a experiência no Brasil.
Qualidade de vida e desempenho
A UX é, em geral, competente, mas ainda há espaço para acelerar tarefas repetitivas e reduzir cliques. Em zonas mais povoadas ou com muitos efeitos simultâneos, pode haver quedas de fluidez em hardware intermediário. Nada que quebre o jogo, mas polimento adicional seria bem-vindo.
Pontos fortes
- Direção de arte marcante e sensação de “anime jogável”.
- Combate em tempo real que ganha profundidade em grupo.
- Mundo vivo, com exploração e atividades paralelas.
- Sistemas de progressão que recompensam planejamento.
Pontos fracos
- Início lento e progressão que demora a “pegar no tranco”.
- Ausência de PT-BR (legendas/tradução), reduzindo acessibilidade no Brasil.
- Rotinas repetitivas nas primeiras horas podem cansar.
- Desempenho irregular em áreas densas.
Para quem é
- Fãs de MMORPGs anime que valorizam estética, colecionáveis e evolução gradual.
- Jogadores que curtem grind estratégico, dungeons cooperativas e construir builds ao longo do tempo.
- Quem não se incomoda com a falta temporária de português e com um começo metódico.
Veredito
Nota: 7/10.
Blue Protocol: Star Resonance é uma boa aposta para quem gosta do gênero e aceita a proposta de crescimento lento. O visual impressiona, o combate tem base sólida e o mundo pede para ser explorado. Se vierem melhorias de qualidade de vida, polimento de desempenho e — crucial — localização em português, este MMO pode subir de patamar.
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